O futuro do trabalho é mais maduro. Essa é a conclusão de Dado Schneider, doutor em comunicação e especialista em cooperação intergeracional e futuro do trabalho. Ainda que o etarismo exista no mercado de trabalho brasileiro, o especialista prevê que nos próximos anos ele perderá forças e dará lugar a uma alta demanda por profissionais da geração X, que são os nascidos entre 1965 e 1980, e que atualmente têm entre 44 e 59 anos.
A tendência por ter profissionais mais maduros nas organizações surge de uma necessidade. A geração Z (nascidos a partir de 1996) tem outras prioridades e objetivos de vida e não aceita mais padrões tradicionais de trabalho. Além disso, os mais jovens estão cada vez mais escolhendo empreender. Uma pesquisa da Monitor Global de Empreendedorismo revela que no Brasil, jovens entre 18 e 24 anos lideram 20,4% das empresas novas, e os adultos entre 25 e 34 anos estão à frente de 22,9% desses novos negócios, ou seja, os mais jovens estarão cada vez menos priorizando a carreira corporativa.
A geração X, por sua vez, é mais fiel às empresas, acredita mais na carreira e por isso acaba reunindo três importantes características admiradas e valorizadas pelas lideranças, que são experiência, comprometimento e visão estratégica. As empresas estão começando a reconhecer isso e a escassez de oportunidades para esse público se tornará em demanda em um curto espaço de tempo”, afirma Dado.
De acordo com uma pesquisa da Maturi em parceria com a EY Brasil, que ouviu 4.840 pessoas 50+, os profissionais com mais de 50 anos têm alto nível educacional. 76% deles contam com formação superior, sendo 36% com graduação completa, 34% com pós-graduação ou MBA e 6% chegaram a realizar mestrado ou doutorado. Para Dado, a falta de qualificação não pode ser desculpa para não contratá-los. “É preciso desconstruir o mito de que eles não estão preparados para o mercado atual, para isso é essencial uma mudança de mentalidade das empresas e a adoção de práticas de recrutamento mais inclusivas”, pontua.
Organizações que contratarem e mantiverem colaboradores 50+ estarão à frente e serão mais competitivas. “A inteligência estratégica e o comprometimento com os resultados são diferenciais encontrados nesses profissionais, por esse motivo empresas que se anteciparem a essa realidade já estarão em outro patamar de entregas e resultados ”, finaliza.
Sobre Dado Schneider
Palestrante, Doutor em Comunicação pela PUC/RS, pesquisador e especialista nas Gerações Z e Alpha, em Cooperação Intergeracional e Futuro do Trabalho. Autor dos livros “O Mundo Mudou… bem na Minha Vez!” (2013) e o recém-lançado “Desacomodado: Choque de Gerações, Adaptação a Mudanças e Futuro do Trabalho”, Dado Schneider é conhecido por ser o criador da marca Claro, além de “Evangelizador Digital” do Magazine Luiza em sua reestruturação de 2015. Para mais informações www.instagram.com/dado_schneider.
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Bruna de Paula Nascimento
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