Uma revolução não acontece sozinha; ela não é um acaso. A origem de uma revolução pode ter inúmeros fatores, desde uma insatisfação generalizada, uma crise econômica e até mesmo uma ideologia. Entretanto, o ponto mais importante de uma revolução, aquilo que realmente vai fazer as pessoas se movimentarem, é a vontade de mudança, de não permanecer no mesmo. E para que a revolução feminina no mundo dos investimentos aconteça, precisamos querer mudar e agir.
De acordo com a 5ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro, pesquisa realizada pela ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) em parceria com o Datafolha, 72% da população feminina do país NÃO investe. Quando levamos essa análise para o mundo dos investimentos de risco, por exemplo, os investimentos anjo, apenas 10% são representados pelas mulheres.
Olhando esse cenário, podemos chegar à conclusão de que o mundo dos investimentos não é para nós. Mas é pelo mesmo motivo que posso afirmar que ele é sim! Por ainda sermos poucas, temos ainda mais oportunidades. Por natureza, já somos gestoras, planejadoras, cautelosas e comprometidas — qualidades necessárias para uma vida financeira de sucesso. Então por que não aplicar essas qualidades fora da nossa zona de conforto? A verdadeira revolução não está apenas na mudança de comportamento, mas também na de pensamento.
Imagino que você deve estar pensando que isso vai ser “mais uma coisa na lista de tudo que eu tenho que fazer”. Mas pense comigo: reconhecemos nosso valor na educação, em casa, no mercado de trabalho, e conquistamos todos esses espaços com muita competência. Então por que resistimos a conquistar o controle das nossas finanças? Sabemos produzir e agora precisamos saber construir patrimônio — e o investimento é uma fatia importante disso.
“Ah, mas eu não sei por onde começar!” Eu entendo, eu também não sabia. Mas o primeiro passo é entender que o seu esforço e o seu dinheiro têm valor, e eles devem ser bem aplicados, seja na vida ou nos investimentos.
Portanto, a revolução começa por nós! E revoluções bem-sucedidas geralmente envolvem organização cuidadosa e planejamento estratégico. Minha dica é: procure pessoas (mulheres) que possam ajudar você nessa mudança. Informação, educação e ação são ferramentas poderosas. Com dinheiro na mão, então, ninguém nos segura!
*Carolina Gilberti é CEO da Mubius WomenTech Ventures, a primeira WomenTech do Brasil. E-mail [email protected].
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Parte da FCJ Venture Builder, a maior venture builder da América Latina em expansão, a Mubius WomenTech Ventures é a primeira WomenTech do Brasil. Com metodologia própria e validada no mercado de startups, a marca busca investir em lideranças femininas por acreditar que se trata de um novo olhar e de uma nova forma de se relacionar e de fazer negócios. Para mais informações, acesse: https://mubius.ventures/.
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