Curitiba sediará esse mês o Encontro Nacional dos Produtores de Calcário Agrícola (Enacal 2024). O evento discutirá as principais tendências da fertilidade do solo. Uma delas é a revisão nas quantidades de calcário aplicadas por hectare, defendida por especialistas.
Anualmente, o Brasil consome 56 milhões de toneladas do insumo, que é essencial para altas produtividades em países tropicais – como o Brasil. Pelas técnicas tradicionais, o ideal seria aproximadamente 80 milhões.
O Enacal é organizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Calcário Agrícola (Abracal) e pelo Sindicato das Indústrias de Calcários do Paraná (Sindemcap). O evento ocorrerá no hotel Mabu Curitiba Business, com abertura na noite do dia 27, seguida de palestras nos dias 28 (manhã e tarde) e 29 (manhã).
Para o presidente da Abracal, João Bellato Júnior, a avaliação envolve diretamente o solo e a rentabilidade dos agricultores. “Quando aplicado antes do fertilizante, o calcário faz esse fertilizante, que custa bem mais caro, ter melhor rendimento”, afirma Bellato. Questões técnicas, como o estresse hídrico trazido pela irregularidade nas chuvas, influenciam o cenário, avalia o empresário.
O presidente do Sindemcap, Diego Mocellin, também cita o manejo de solo. “Há estudos acadêmicos que apontam os benefícios de uma dosagem maior de calcário. Porém, a produtividade já crescerá se o agricultor fizer o básico bem feito”, diz Mocellin.
Consumo de calcário é tímido
O engenheiro agrônomo Marco Aurélio Guzzo, que atua no estado, diz que o consumo é tímido no Paraná. São 5 milhões de toneladas anuais. “Precisamos divulgar mais as informações sobre a calagem em toda a região Sul”, afirma.
O Enacal 2024 reunirá especialistas em gestão de pessoas, como Luciana Pimenta, Osair Soares e Dino Camargo, e também no agronegócio – Vlamir Brandalizze, Silvino Guimarães Moreira e o consultor Jairo Hanasiro.
As inscrições são gratuitas, mas limitadas. Elas podem ser feitas no site do evento – https://www.enacal.com.br/.
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ROGERIO TADEU RUEDA JUNIOR
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