Empresas como o Banco Mercantil, Patrus Transportes, IMAP, Fundação Dom Cabral, Grupo Patrimar, Banco BMG, Instituto Marina, Ateliê Mônica Maia, Tahari e Far East, além de dezenas de voluntários de diversos setores da economia mineira, são presenças confirmadas no jantar beneficente de 2024 organizado pelo Instituto O Grito. O evento, que acontecerá no dia 21 de outubro no espaço Far East, em Nova Lima, visa levantar fundos para financiar as atividades sociais da instituição em 2025. São esperados cerca de 400 convidados. Os convites estão disponíveis para compra no link: O Grito.
Prestação de contas e resultados
Com o tema “Vozes que Ecoam”, o jantar entra em seu terceiro ano e já se compara a iniciativas beneficentes tradicionais de outras grandes instituições mineiras, como o Hospital da Baleia e a Santa Casa de Belo Horizonte. Muitas das empresas e personalidades já confirmadas para o jantar deste ano apoiam historicamente O Grito, mas a ONG busca novos apoiadores para sustentar suas crescentes atividades, que hoje atendem a comunidades como Vila Alvorada, Soares e Nacional (Ribeirão das Neves), Bom Jesus e Pedra Azul (Contagem) e Xangrilá (Belo Horizonte). A edição 2023 contou com as presenças dos empresários Rubens Menin e Ricardo Guimarães.
O jantar também será a ocasião para a prestação de contas das ações realizadas em várias frentes de atuação com os recursos obtidos no jantar de 2023. Desde sua criação, em 2016, estima-se que 300 mil pessoas já foram impactadas direta e indiretamente pelas iniciativas d’O Grito.
Missão e visão do fundador
“Talvez eu não consiga acabar com a dor do mundo, mas vou fazer de tudo para diminuí-la”, resume Leo Martins, fundador e CEO d’O Grito. “Trabalhamos para gerar autoestima, capacitação, oportunidade, porque a pobreza não é só financeira, ela é multidimensional”, destaca ele. A missão do instituto é transformar vidas por meio do conhecimento e oferecer ferramentas para que cada pessoa possa construir um futuro com mais autonomia e oportunidades.
Projetos programados para 2025
No próximo ano, O Grito pretende ampliar projetos como o Inclusão Produtiva, que em 2023 capacitou 1.505 adolescentes, jovens e adultos por meio de cursos e treinamentos focados no desenvolvimento profissional e no protagonismo pessoal. O objetivo é que, a partir da educação, a pessoa construa seu futuro com autonomia, que seja capaz de romper o ciclo de vulnerabilidade social e que possa explorar, assim, novas oportunidades e novos horizontes. Ano passado, 147 pessoas atendidas pelo projeto conseguiram se recolocar no mercado de trabalho.
Outro projeto que continua em 2025 é o Polo Esportivo Cultural (PEC), espaço voltado para o desenvolvimento integral de crianças, adolescentes e jovens da comunidade. Por meio de atividades como futebol, capoeira, dança, oficinas culturais de música, teatro e artes visuais, o polo busca desenvolver o bem-estar físico e emocional, além de estimular a disciplina, a criatividade e o trabalho em equipe. Ano passado, o PEC atendeu a 400 crianças.
Outro foco de 2025 será o Programa Socioemocional, que em 2023 atendeu 1.480 pessoas. O programa oferece acompanhamento próximo a adolescentes e adultos para o desenvolvimento de competências como autoconhecimento, empatia, gestão emocional, resiliência e habilidades de convivência. Esses comportamentos são fundamentais para se enfrentar os desafios cotidianos, construir relacionamentos saudáveis e tomar decisões mais conscientes.
Aplicativo “Clube do Grito”
No jantar desse ano, O Grito deverá lançar o aplicativo do “Clube do Grito”, por meio do qual as pessoas físicas interessadas em contribuir para a organização poderão canalizar suas doações de maneira mais simples e direta. O app também funcionará como um canal de transparência, divulgando as informações das atividades realizadas e a ideia é, em breve, criar vantagens para os participantes junto às empresas que apoiam O Grito.
Novo projeto: Favela 3D
O instituto conta ainda com o projeto Favela 3D (Digna, Digital e Desenvolvida), lançado em setembro de 2023 na comunidade de Vila Alvorada, com a presença do governador Romeu Zema. A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, a Prefeitura de Ribeirão das Neves e O Grito assinaram Termo de Cooperação para que o Favela 3D possa chegar a outras regiões do estado. O Favela 3D foi criado originalmente pela ONG Gerando Falcões, parceira d’O Grito.
História pessoal motivou engajamento social
Leo Martins nasceu em Salinas, norte de Minas, em uma família humilde. Ainda criança mudou-se para o sul de Minas por motivo de trabalho dos pais (a família trabalhava em cafezais). Entre 11 e 12 anos mudou-se para Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonte, onde ele enfrentou grandes dificuldades financeiras e emocionais, após a separação dos pais. “Vivi uma grande depressão”, relata Leo. “Via meus amigos sendo presos, morrendo, e pensava que as crianças que eu conhecia passariam pelo mesmo caminho.”
Foi quando Leo deu o seu “grito de mudança”, ao decidir agir pela transformação de sua realidade e a de sua comunidade. Começou a dar cursos de alfabetização, inglês e violão em uma pequena sala de 12 metros quadrados, com instrumentos emprestados e o apoio de voluntários e de sua mãe. “Todo dia montávamos e desmontávamos tudo para as aulas”, recorda ele. Apesar da precariedade, o número de crianças atendidas cresceu constantemente.
Em 2018, Leo Martins se inscreveu em um edital da Gerando Falcões, tornando-se a primeira liderança comunitária de Minas Gerais a entrar na rede. O Grito recebeu então um investimento-semente, com o qual estruturou-se e expandiu suas atividades. Hoje, além de CEO d’O Grito, Leo Martins é gerente nacional da Gerando Falcões, coordenando atividades em mais de 5.000 favelas e 2.000 entidades sociais no Brasil.
Serviço
Evento: Jantar Beneficente do Instituto O Grito
Data: 21 de outubro
Local: Espaço Far East, Nova Lima
Convites: à venda pelo link O Grito
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Marcelo Dias Moreira
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