A green tech francesa NetZero e a cooperativa Coocafé reconheceram 77 produtores que adotaram o uso do biochar em suas lavouras.
Os cafeicultores receberam da trading japonesa Marubeni um prêmio no preço da saca produzida a partir do biochar da NetZero, tendo em vista a sustentabilidade do café promovida pelo seu uso.
O produto será exportado ao Japão, em setembro, após a NetZero e a Coocafé firmaram uma parceria com a Marubeni para exportar o grão produzido com biochar em Lajinha (MG) e Brejetuba (ES).
O biochar é um condicionador de solo produzido pela NetZero que aumenta a produtividade e reduz o uso de fertilizantes, além do combate ativo às mudanças climáticas.
Rio Casca (MG), agosto de 2024 – A NetZero, green tech francesa pioneira na valorização de resíduos agrícolas em biochar, e a Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Lajinha (Coocafé) entregaram um prêmio de reconhecimento a 77 produtores que utilizaram biochar em suas lavouras. O evento ocorreu na terça-feira (6), na sede da Coocafé, em Lajinha (MG).
Os produtores que adotaram a prática sustentável na lavoura receberam um prêmio no preço da saca de café, bem como um certificado. O produto será exportado, em setembro, para o Japão. Em julho, a NetZero e a Coocafé firmaram uma parceria com a trading japonesa Marubeni para exportar o produto produzido com biochar na região de Lajinha (MG). No total, neste primeiro lote, serão enviados dois contêineres contendo 880 sacos de café ao continente asiático, equivalente a 52,8 toneladas de café verde.
Visando a incentivar e reconhecer esta produção de café sustentável com biochar no Brasil, a Marubeni pagou um preço diferenciado, beneficiando os produtores – é a primeira vez, na história, que o biochar traz um prêmio de preço para os produtores que o utilizam. Em Lajinha (MG) e em Brejetuba (ES), onde ficam as duas fábricas de biochar da NetZero no Brasil, há uma parceria com a Coocafé, cooperativa que reúne mais de 10 mil cafeicultores. Eles fornecem milhares de toneladas de resíduos não utilizados provenientes do processo de descascamento do café, e a NetZero transforma-os em biochar. Estes mesmos agricultores utilizam o biochar nos seus campos para melhorar a produtividade das culturas e reduzir a utilização de fertilizantes, ao mesmo tempo que ajudam na remoção do carbono.
Condicionador de solo produzido a partir do carbono contido nos resíduos agrícolas, o biochar atua como uma “esponja” que retém água e nutrientes de forma duradoura no nível da raiz da planta. Isso permite, com uma única aplicação, aumentar a produtividade das culturas e, ao mesmo tempo, reduzir significativamente o uso de fertilizantes, que atualmente contribuem para uma parcela significativa da pegada de carbono do café. Além de reduzir as emissões, o biochar é uma tecnologia de remoção de carbono reconhecida pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), fixando o carbono atmosférico nos solos por milênios. O biochar também desempenha um papel importante no aumento da resistência das plantas durante as secas e outros eventos climáticos extremos.
A NetZero, que atualmente opera em Camarões (África) e no Brasil, foi laureada internacionalmente por seu modelo inovador na obtenção do biochar. O último prêmio foi recebido em maio deste ano, quando a empresa foi selecionada como finalista da competição XPRIZE Carbon Removal da Fundação Musk.
SOBRE A NETZERO
A NetZero foi fundada em 2021 por Axel Reinaud, Dr. Jean Jouzel, Aimé Njiakin, Olivier Reinaud e Pedro de Figueiredo. A sua missão é trazer escala para o biochar, uma das poucas soluções climáticas que podem remover duradouramente o carbono da atmosfera, bem como uma das poucas soluções agrícolas que permitem conciliar produtividade e sustentabilidade. Ao aproveitar o biochar nos trópicos ao longo de um modelo único, a NetZero enfrenta simultaneamente três desafios prementes nos países em desenvolvimento: alterações climáticas, agricultura sustentável e desenvolvimento rural global. A empresa tem três locais operacionais: uma fábrica-piloto em escala real, em Camarões, e duas fábricas comerciais no Brasil, em Lajinha (MG) e Brejetuba (ES). A NetZero foi premiada duas vezes na competição XPRIZE Carbon Removal da Fundação Musk. Também recebeu o selo ‘Efficient Solution’ da Fundação Solar Impulse e é vencedora do prêmio ‘Green Tech’ dos Tech for Good Awards. Os projetos que desenvolve são certificados pelo padrão internacional de remoção de carbono Puro Standard. O objetivo a médio prazo da NetZero é ter removido mais de 5 milhões de toneladas de CO2 até 2030, melhorando simultaneamente o nível de vida de dezenas de milhares de agricultores. Leia mais em: www.netzero.green.
SOBRE A COOCAFÉ
A Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Lajinha (Coocafé) foi fundada em 1979, em Lajinha (MG), com o objetivo de fortalecer os produtores de café da região, possibilitando melhores resultados em sua atividade. Hoje, a Coocafé é uma organização estruturada, que conta com mais de 450 funcionários e tem em seu quadro social mais de 10.000 cooperados; destes, 95% são micro e pequenos produtores, com sobrevivência proveniente da agricultura familiar. Os associados dispõem de assistência especializada em suas propriedades e recebem visitas dos técnicos da Coocafé, além de contarem com importantes benefícios, segurança na comercialização de seus cafés e 16 lojas de insumos e implementos agrícolas. A Coocafé atua diretamente em mais de 90 municípios que vivem basicamente dessa cultura, e os produtores cooperados produzem cerca de 3 milhões de sacas de café por ano. A cooperativa ocupa um importante espaço na sociedade e, ciente disso, realiza e apoia inúmeras ações socioambientais. Saiba mais em coocafe.com.br.
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Janaína Kalsing
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