A infância de Maryana Rodrigues, mais conhecida como Maryana com Y, não foi fácil. Tímida, começou a sofrer bullying na escola por ter uma voz grossa, o que fazia com que os seus colegas se afastassem. Teve a sua primeira amiga aos 10 anos de idade, quando trocou de escola e começou a se destacar nos esportes. Essa foi a primeira grande virada da sua vida, quando conseguiu começar a se enturmar e a ser mais sociável. “Apesar da dificuldade de me sociabilizar no colégio, eu ia muito bem nos estudos, sempre fui uma boa aluna”, lembra.
Mas, aos 16 anos, precisou mudar de escola para cursar o ensino médio e outros problemas apareceram. Como o método de ensino era bastante exigente – e ela também se cobrava muito – acabou tendo um episódio grave de esgotamento que hoje seria diagnosticado como uma síndrome de burnout. “Na época eu nem sabia direito o que estava acontecendo comigo, só sei que apaguei”, conta.
Quando fez 18 anos, ganhou uma bolsa de estudos, foi para os Estados Unidos e passou a integrar a equipe de futebol feminino. Mas acabou se machucando e voltou para o Brasil. Depois disso, se formou em educação física e trabalhou em variadas áreas: foi atendente de telemarketing, recreadora de rede hoteleira, guia turística na Disney, vendedora.
Em 2018, enfrentou um quadro de depressão, quando trabalhava numa empresa em que não podia ser ela mesma. Começou então a estudar para que outras pessoas não tivessem que passar pelo mesmo dentro das organizações e fez pós-graduação em neurociência. “Queria entender se o nosso cérebro poderia evoluir emocionalmente através da do bom humor, pois via muitos treinamentos corporativos que seguiam uma linha séria e dramática. A neurociência me mostrou que era possível e passei a ajudar na evolução emocional das pessoas de maneira leve, sem falar da doença e sim da cura”, diz.
Deixou seu lado empreendedora, que sempre foi muito forte, aflorar algumas vezes, mas a grande oportunidade veio mesmo quando criou uma empresa que vendia palestras e treinamentos e os contratantes passaram a convidá-la para ser a a palestrante. “Isso foi uma grande surpresa, nunca tinha me visto nesse papel”.
Logo os convites para treinamentos e palestras, inclusive fora do país, começaram a aparecer. “Na primeira palestra que dei, eu queria ser inesquecível e apareci vestida com uma capa de super-heroína. As pessoas me olhavam incrédulas, mas pode ter certeza de que todas prestaram atenção no meu conteúdo. Hoje a capa é minha marca registrada”, diz rindo. Já no primeiro ano, Maryana alcançou o seu primeiro milhão (de reais, vale dizer), o que ela entendeu como um sinal de que estava, agora sim, no caminho certo.
Hoje, a empresária se define como uma “humorologista”, termo que ela criou, registrou e diz respeito a uma nova profissão, que tem como função elevar a sensação de bem-estar das pessoas. “O bom humor é uma ferramenta indispensável para lidar com os desafios da vida. Muita gente confunde bom humor com comédia. A comédia é feita para fazer rir, já o bom humor é feito para fazer o bem. Quero que as pessoas primeiro se sintam bem para depois fazerem o bem, pois assim vão conseguir aplicar isso nos seus ambientes de trabalho”, conclui a especialista, que já tem palestras agendadas até julho de 2025.
*Maryana com Y é humorologista, especialista em desenvolvimento de talentos com um toque de humor. Palestrante internacional, coautora do livro “Balanced Skills” e do best seller “Soft Skills” e guardiã do Sebrae Delas. Fundadora da Humorlab, transforma pessoas e empresas com o poder do humor e da positividade.
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CYNTHIA SILVA CASTRO
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