A precisão na gestão de custos é um fator decisivo para o sucesso de corporações do agronegócio. Em um mercado cada vez mais competitivo, a capacidade de identificar áreas que geram prejuízos ou que geram lucro é essencial para o crescimento das organizações. Enquanto o método de custeio por absorção ainda é amplamente utilizado, especialistas indicam que o Custeio Baseado em Atividades (Activity Based Costing – ABC) é uma abordagem mais eficaz para empresas agrícolas que buscam uma compreensão detalhada e precisa de seus gastos operacionais.
Diferente do custeio por absorção, que aloca custos indiretos de forma proporcional às horas de trabalho ou volume de produção, o Custeio ABC atribui custos com base nas atividades específicas que realmente geram esses gastos. Isso permite uma visão mais clara sobre a rentabilidade de cultivos, serviços agrícolas e clientes, eliminando distorções comuns na análise de custos.
De acordo com a pesquisa “Global Cost Management Survey” da Deloitte, cerca de metade das empresas estão tentando atingir pequenas metas de redução de custos – em torno de 10% – mas quase dois terços (63%) delas não estão conseguindo. “Grande parte enfrenta dificuldades para alcançar metas de redução de custos, principalmente porque falham em estabelecer objetivos realistas e em implementar estratégias eficazes. Muitas vezes, isso se deve a uma identificação ineficiente das atividades que geram cada gasto e à alocação inadequada dos custos indiretos. Sem uma compreensão precisa de onde e como os custos são gerados, torna-se extremamente desafiador implementar medidas eficazes para reduzi-los e atingir as metas estabelecidas.” explica André Sanseverino, especialista em gestão de custos e Sócio-Diretor da MyABCM, empresa que desenvolve sistemas de gestão de custos e rentabilidade.
Dados obtidos da Embrapa demonstram a importância da compreensão do impacto de cada atividade nos custos do negócio agropecuário. Com estudo conduzido em terras acompanhadas pela entidade, a aplicação do Custeio ABC permitiu constatar que certos cultivos, como milho e quiabo, apresentaram margens de contribuição negativas, evidenciando que os respectivos custos de produção superam o valor de venda do produto. Paralelamente, os outros cultivos analisados tiveram margens de contribuição positivas, com destaque para a mandioca e o morango.
“A migração para o Custeio Baseado em Atividades proporciona além de uma visão, permite que as empresas agrícolas tomem decisões mais estratégicas e, consequentemente, aumentem sua competitividade”, afirma Sanseverino. O software MyABCM, desenvolvido pela corporação, busca facilitar a implementação do programa, fazendo com que empresas de diversos setores, incluindo o agronegócio, integrem a metodologia nos processos financeiros de forma prática.
Com a recorrente evolução do mercado global, o Custeio Baseado em Atividades configura-se como uma metodologia atraente para otimizar a gestão de custos, aumentando a rentabilidade. Neste contexto, softwares como este, especializados na estratégia, agem como ferramentas poderosas para que organizações agrícolas implementem a solução e potencializem os resultados.
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Rodrigo Bocatti