A inadimplência no crédito rural alcançou 7,3% no primeiro trimestre de 2024, segundo a Serasa Experian. Esses dados se referem a pessoas com dívidas acima de R$ 1 mil, vencidas há mais de 180 dias. No mesmo período, 82 empresas solicitaram recuperação judicial.
Esse crescimento afeta diretamente o crédito agrícola, pois os bancos se tornam mais cautelosos ao emprestar dinheiro. “Isso porque existe uma maior preocupação com o risco de não receberem de volta o valor financiado. O que dificulta o acesso aos recursos, limitando a capacidade de investir e expandir seus negócios”, explica Thays Moura, sócia-fundadora da Agree, startup especializada em captação de recursos para o agro, que soma mais de R$ 1 bilhão em limite aprovado desde a sua fundação.
A especialista aponta que as instituições financeiras estão mais seletivas na concessão dos financiamentos, elevando as taxas e restringindo o volume disponível, especialmente para agricultores com histórico de alavancagem. Além disso, as mudanças climáticas e altos custos de produção dificultam a previsibilidade, agravando a situação para quem busca renegociar dívidas ou acessar novas linhas de crédito.
O cenário macroeconômico, com altas taxas de juros, torna o empréstimo mais caro e menos acessível, impactando a rentabilidade das operações. Para enfrentar essas adversidades, os produtores precisam diversificar fontes de receita e manter controle rigoroso dos custos. “Preparar-se antecipadamente para os próximos ciclos, buscando linhas alternativas e utilizando seguros agrícolas, pode ser crucial para manter a saúde financeira das propriedades”, recomenda.
Com a análise mais criteriosa, as instituições estão priorizando produtores rurais com gestão eficiente e práticas sustentáveis. “A avaliação de indicadores como fluxo de caixa e endividamento é essencial, por isso, ferramentas de análise de crédito podem oferecer uma visão mais precisa do perfil de risco, ajudando credores a identificar clientes com maior capacidade de pagamento, facilitando o diagnóstico. Essas soluções podem identificar sinais de problemas na capacidade de pagamento no curto e longo prazo, permitindo ajustes e renegociações rápidas”, afirma Thays.
A plataforma da Agree é um exemplo disso, pois utiliza inteligência artificial e análise de dados para agilizar o processo de concessão de empréstimos, tornando-o mais seguro e acessível. “Ao conectar agricultores e credores, ajudamos o agronegócio a enfrentar os desafios com mais segurança e eficiência, fortalecendo a sustentabilidade financeira do setor”, finaliza.
Sobre a Agree
Fundada em 2022 a partir da união de profissionais com mais de 15 anos de experiência na área de crédito para o agronegócio, a Agree é uma empresa especializada na captação de recursos financeiros para produtores rurais e empresas do agro. Com tecnologia, transparência, proximidade e atendimento personalizado, oferece as melhores oportunidades de financiamento, conectando quem precisa de crédito a quem tem recursos para impulsionar os negócios. A empresa já soma R$ 500 milhões em crédito aprovado, + R$ 1 bi em limites de crédito aprovado, parceria com +20 instituições financeiras, além de ter representações em Goiás, Bahia e Distrito Federal. O portfólio de serviços inclui, ainda, oportunidades de captação de recursos no Mercado de Capitais e consultoria para reestruturação de finanças.
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LILIAN DA CRUZ
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