*Por Carla D’Elia
No Brasil, segundo levantamento divulgado em 2023 pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o número de empreendedoras femininas ultrapassa 10,3 milhões. Existem muitas projeções e otimismo para que esse número cresça a cada dia, pois além de trazer maior igualdade de gênero na indústria, negócios liderados por mulheres, outrora desprezados, mostram seu poder, podendo impactar significativamente na economia do país, impulsionando o crescimento de diversos setores, gerando empregos e estimulando a inovação.
Historicamente, as mulheres enfrentaram muitas barreiras ao ingressar no mundo dos negócios, desde desafios culturais e sociais até obstáculos financeiros e estruturais. No entanto, nos últimos anos, temos testemunhado um movimento de mulheres que desafiam essas limitações e encontram maneiras criativas de criar e gerir seus negócios. Dados da GoDaddy desse ano revelam que 23% das mulheres abrem as próprias empresas buscando por mais flexibilidade e 22% desejam trabalhar com suas paixões.
À medida que estão engajadas, tendo prazer no que fazem e com mais tempo para si mesmas, essas mulheres expandem seus negócios, criando empregos e contribuindo para a economia brasileira como um todo.
Outro ponto a ser destacado é que quando o assunto é inovação, as mulheres também estão imersas nesse universo, como aponta a GoDaddy indica, que 92% confiam em tecnologias de inteligência artificial para potencializar o crescimento do negócio. As mulheres, muitas vezes, trazem perspectivas únicas e abordagens criativas para resolver problemas e atender às necessidades do mercado. Com isso, criam empresas capazes de trazer novos produtos, serviços e modelos de negócios, impulsionando a concorrência e estimulando o crescimento econômico.
No entanto, apesar dos avanços, ainda há desafios a serem superados quando o assunto é empreendedorismo feminino no Brasil. Por isso, é importante criar e continuar implementando programas que apoiem as mulheres empreendedoras, oferecendo acesso a financiamentos, capacitação e recursos necessários para o sucesso de seus negócios. Também é fundamental combater estereótipos de gênero e criar uma cultura empresarial que valorize e promova a diversidade e a igualdade de oportunidades.
Além disso, do meu ponto de vista, de mulher que está à frente de um negócio no país, reforço a importância do desenvolvimento do pensamento inovador e crítico, o que inclusive pode ser trabalhado na escola, durante os ensinos fundamental e médio. Conhecer a história para construir um futuro melhor e investir no autoconhecimento como seres humanos é essencial para um amanhã singular. Reconhecer isso com uma visão de questionamento, pode impactar diretamente na forma como os empreendedores dos próximos anos irão gerir seus negócios.
Enfim, à medida que mais mulheres entram no mercado de trabalho como empreendedoras, a economia se beneficia de um maior número de empresas, uma base de consumidores diversificada e uma força de trabalho dinâmica e inovadora. Isso, por sua vez, ajuda na resiliência econômica do país.
Mais do que isso, o empreendedorismo feminino é uma força capaz de transformar vidas, famílias, realizar sonhos e, ainda, impulsionar a economia brasileira. Conforme mais mulheres se tornam empreendedoras, estão não apenas construindo para os próprios futuros, mas também algo próspero e inclusivo para milhões de outras mulheres.