O Brasil testemunha uma revolução na construção civil com a ascensão dos sistemas construtivos industrializados em madeira, conhecidos como woodframe. Esses sistemas estão se destacando nos canteiros de obras em todo o país devido aos seus inúmeros benefícios, incluindo alta produtividade, redução significativa na geração de resíduos, menor consumo energético e de água. A agilidade na produção e a sustentabilidade também são fatores determinantes na crescente adoção desse modelo construtivo.
Os sistemas woodframe representam uma solução inovadora e altamente sustentável para atender à crescente demanda por habitações populares no Brasil. Fora os benefícios evidentes em termos de eficiência e redução de impacto ambiental, essas construções têm o potencial de revolucionar a indústria da construção civil no país.
Um dos exemplos mais impressionantes do potencial dos sistemas woodframe foi durante a pandemia, quando hospitais como o Hospital M’Boi Mirim viram a construção ágil de novas alas em questão de dias, atendendo às necessidades urgentes de saúde pública.
Ao abordar aspectos sustentáveis, é importante destacar que esses sistemas construtivos apresentam baixa emissão de CO2 por tonelada produzida e são capazes de reter uma quantidade significativa de CO2 por metro cúbico de madeira de reflorestamento utilizada em sua linha de produção.
Com um déficit habitacional de cerca de 6 milhões de moradias, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil precisa urgentemente de soluções inteligentes, ágeis e ambientalmente amigáveis para suprir essa demanda. Os sistemas woodframe emergem como uma resposta eficaz e adaptável, capazes de atender a diversas camadas sociais e proporcionar habitação digna para todos os brasileiros.
*Silvio Lima, especialista em tratamento de madeira e gerente da unidade industrial da Montana Química.