A questão do turnover elevado tem se tornado uma preocupação para muitas organizações, especialmente em um cenário onde a rotatividade de funcionários pode representar um custo financeiro significativo. Com o aumento desse fenômeno que temos observado globalmente, os executivos se veem diante de um dilema: vale a pena investir tempo e recursos no desenvolvimento de pessoas, especialmente em programas voltados para jovens talentos, mesmo quando não sabemos se a permanência deles na empresa está garantida?
Desde já ressalto em que situação sabemos que esse tipo de investimento, não traz bons resultados: Quando os programas são implementados apenas para atender a uma obrigatoriedade ou como parte de um protocolo, sem um comprometimento genuíno com a criação de valor. nesses casos a retenção de talentos sofre, e, geralmente, a organização não alcança os benefícios esperados.
No entanto, a realidade é bem diferente quando as empresas adotam uma abordagem mais genuína. Os colaboradores percebem quando a organização não está só performando, mas realmente preocupada com seu crescimento e desenvolvimento, e, com isso, os índices de retenção e engajamento aumentam consideravelmente. Isso demonstra que, para as empresas que desejam reter talentos, é essencial investir em uma cultura que priorize o desenvolvimento humano.
É preciso reconhecer que o desenvolvimento de jovens talentos não é apenas uma questão de bons salários e benefícios, embora esses fatores sejam importantes. As organizações que se destacam são aquelas que oferecem uma estrutura robusta de aprendizado e crescimento, proporcionando perspectivas de futuro e investindo em lideranças preparadas. Esses elementos formam a base de um ambiente onde os colaboradores se sentem valorizados e engajados.
Aliás, essa abordagem não só contribui para a retenção de talentos como também gera retornos positivos a longo prazo, melhorando a percepção de marca empregadora. Inclusive, segundo dados da 3ª edição da pesquisa Radar das Juventudes, a possibilidade de aprendizado contínuo e desenvolvimento é um fator decisivo para 65% dos jovens ao escolherem processos seletivos. Isso reforça a importância de se investir em programas que realmente façam a diferença na vida dos colaboradores.
Ou seja, desenvolver juventudes é uma estratégia que vale a pena, mesmo em tempos de alto turnover. A chave está na autenticidade do compromisso da organização com o desenvolvimento humano. Quando as empresas compreendem que o investimento em pessoas é um investimento no próprio futuro, elas não apenas melhoram suas taxas de retenção, mas também se preparam para um crescimento sustentável.
Artigo de:
*Guilherme Ceballos, sócio e diretor da Eureca, consultoria e plataforma digital especializada em recrutar e desenvolver jovens talentos
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UIRA BANHEZA DE ALMEIDA
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