Uma história de construção e reconstrução nas falas de três grandes nomes: Alexandre Nagazawa, Isabella Vecci e Felipe Fontes. Os arquitetos por trás do projeto do Espaço 356 compartilharam com o público, no último dia 12, um pouco da trajetória do empreendimento que personifica o debate: ‘Arquitetura e Sustentabilidade’. A palestra integrou a 3ª edição do EPO Talks, promovido pelo Grupo EPO, construtora com 32 anos de história em Minas Gerais e responsável pelo Espaço 356. O maior retrofit da capital mineira abrigou a CasaCor Minas de 2024, que se encerra no próximo domingo, 15 de setembro.
O evento, realizado no lounge da EPO, contou com a presença de parceiros e inscritos que prestigiaram os especialistas. Sob a mediação da jornalista, publicitária e entusiasta de arquitetura, Natália Dornellas, os palestrantes puderam contar sobre a ocupação sustentável da locação e, especialmente, sobre a técnica de retrofit, que pautou a concepção arquitetônica do 356. Alexandre Nagazawa, arquiteto e sócio- diretor da BLOC Arquitetura Imobiliária, é o dono da assinatura do projeto arquitetônico e, juntamente com a EPO, foi o primeiro a sonhar com os potenciais rumos que a paisagem da BR 356, na saída de Belo Horizonte para o Rio de Janeiro, poderia tomar.
Durante a palestra, ele pôde compartilhar, os dez anos dos primeiros estudos do antigo imóvel e como surgiu o primeiro empreendimento com o conceito de living center em Minas Gerais. O espaço, que era anteriormente ocupado por um motel, teve sua estrutura completamente ressignificada e, hoje, reúne opções de lazer, cultura, gastronomia, compras e serviços. “Existiu um longo caminho desde a primeira ocupação até a realização física, concreta e ocupada do 356. Seria muito mais fácil apenas demolir a antiga edificação, mas nós preferimos descortinar toda a beleza estrutural que já existia”, explicou Nagazawa.
Sobre este processo de descobrir uma paisagem inesperada, Isabela Vecci, responsável pela arquitetura de interiores do Espaço 356, garantiu que a trajetória foi repleta de curvas e de diretrizes muito diferentes das usuais. Ao público ela relatou que tudo se deu como uma história orgânica e muito coletiva, superando o desejo de alcançar uma perfeição, mas sim uma experiência única. “As cidades mais interessantes são aquelas que preservam sua história. Por isso, o plano sempre foi dar vista para a potência que já existia aqui e, então, construir espaço para os negócios que aqui surgiram”, reiterou.
O bate-papo sobre sustentabilidade contou ainda com a expertise do paisagista Felipe Fontes que, além de assinar o projeto paisagístico do 356, foi o responsável por importar toda a beleza natural do entorno para dentro do empreendimento. Fontes aproveitou o momento para destacar a sustentabilidade como chave para não apenas cuidar de um local mas, principalmente, das pessoas. “É essencial que todos entendam que a vegetação também é parte da identidade cultural. Então, quem está aqui, se cercando de espécies de plantas nativas, nunca esteve tão em Belo Horizonte”, completou o paisagista.
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CÍNTIA NEVES SILVA
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