Trabalhar remotamente para o exterior tem sido atrativo para o setor de tecnologia; afinal, o salário mensal de um engenheiro pleno de software, por exemplo, quando convertido de dólar para reais, pode chegar a quase R$ 75 mil, de acordo com o Relatório Global de Contratações Internacionais da Deel. O modelo motiva os profissionais, mas requer encontrar um meio para receber os pagamentos. Já existem fintechs no mercado que facilitam as transferências de forma moderna, econômica, prática e segura, sendo o Pix uma das alternativas para a chegada dos valores convertidos no Brasil.
Antes, transferências internacionais ficavam limitadas a bancos tradicionais com operações demoradas, altas taxas e sem flexibilidade para transferências a qualquer hora. “A grande diferença é que agora os brasileiros podem transferir seu pagamento para o Brasil via Pix e em poucos minutos, o que traz maior controle sobre a operação de câmbio”, explica Samyra Ramos, gerente de marketing da Higlobe, fintech de recebimento de pagamentos para brasileiros que trabalham remotamente para os EUA.
Para receber os pagamentos em dólar, a especialista orienta que os profissionais escolham o método de pagamento que conversa melhor com seus critérios. Algumas delas aceitam receber transferências de empresas globais e outras apenas de países específicos, então é interessante avaliar qual atende melhor à necessidade do trabalhador.
No caso de fintechs que trabalham apenas com empresas dos EUA, é importante verificar os documentos exigidos para abrir uma conta. Por vezes, apenas um documento de identificação como RG e CNH é suficiente. Ter uma conta-corrente ativa no Brasil também é um requisito, pois é para ela que será encaminhado o dinheiro quando for retirado da fintech.
Outro ponto a definir é se o dinheiro será retirado como pessoa física ou pessoa jurídica, pois isso implica em questões fiscais e de declaração de impostos. Ramos ressalta que contar com um especialista em contabilidade nesses momentos é uma boa opção, já que os procedimentos de abertura podem variar de uma fintech para a outra.
Com essas escolhas estabelecidas e a abertura da conta finalizada, será possível ter um número de conta internacional ou um número de conta americano, como é o caso da Higlobe. Assim, resta compartilhar essas informações com a empresa ou pessoa a quem prestará o serviço para ela encaminhar seus pagamentos. Transferências entre a empresa e o profissional são eletrônicas e podem ser feitas via Swift ou ACH, sendo esta última mais rápida e menos custosa para quem recebe e para quem envia os valores.
“O verdadeiro benefício é não sentir o peso no bolso ao receber seus pagamentos”, comenta Samyra. “O importante é entender se com o método escolhido você terá autonomia para movimentar seu dinheiro, ou seja, se ele permite escolher manter ou retirar os dólares da conta quando quiser ― quando a cotação do dólar está mais vantajosa, por exemplo ― e se oferece taxas baixas e de câmbio competitivas”, complementa.
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GIOVANA BRANDEBURSKI MACEDO
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