No ambiente corporativo contemporâneo, em que a competitividade e a busca incessante por resultados são imperativos, um novo modelo de liderança vem ganhando destaque: a liderança espiritualizada. Esta abordagem não se restringe a questões religiosas ou dogmáticas, mas se centra na conexão com o interior de cada indivíduo, na valorização dos propósitos e na integração de valores fundamentais.
“A liderança espiritualizada reconhece a importância de abordar o ser humano de maneira holística. Essa visão compreende que as pessoas são mais do que meros agentes de produção; são seres com sentimentos, valores e um profundo senso de propósito. Ao liderar com essa perspectiva, os líderes se comprometem a cultivar um ambiente de trabalho em que a compaixão, a empatia, a humildade, a honestidade e a integridade são fundamentais para o sucesso organizacional.”, destaca a psicóloga Camille Holmer, fundadora da Priorize Gestão Estratégica de Pessoas.
A psicologia positiva, disciplina que estuda o que faz a vida valer a pena, também é parte integrante desse modelo, e colabora para promover um ambiente onde as pessoas se sentem inspiradas a atingir seu potencial máximo.
“Um bom líder precisa identificar as habilidades e competências de cada indivíduo e trabalhar para desenvolvê-las. Nos meus treinamentos, eu sempre enfatizo a importância de entender se cada colaborador está no lugar certo dentro da equipe, para que seja possível aproveitar o melhor de cada um. Se um funcionário é ótimo com números, mas não tão bom com organização, então deixe-o focar nos números. Quando um líder atinge esse nível de compreensão e ação, ele está no caminho certo para uma liderança bem-sucedida”, destaca Holmer.
A liderança espiritualizada desafia as concepções tradicionais de poder e autoridade, substituindo a postura autoritária e de comando e controle por uma abordagem de facilitação e mentoria. Essa mudança é especialmente relevante em tempos de incerteza e estresse, que afetam a produtividade. Líderes espiritualizados ajudam os colaboradores a enfrentar desafios com uma perspectiva mais equilibrada.
“A gestão autoritária cria um clima de medo e desmotivação, limitando a criatividade e o desempenho da equipe. Em vez disso, uma liderança mais aberta e participativa permite que os colaboradores se sintam ouvidos, o que melhora o ambiente de trabalho. Essa mudança é importante para adaptar-se a contextos de trabalho modernos e dinâmicos, onde o sucesso depende da contribuição e do envolvimento de todos”, afirma.
Em um mundo cada vez mais complexo e interconectado, onde as questões de ética e responsabilidade social são crescentemente valorizadas, líderes que atuam com humanização são vistos como modelos de uma nova era de liderança. Eles demonstram que o sucesso vai além dos números e que o legado duradouro é aquele construído sobre a base de valores universais.
Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
ANA PAULA REIMANN
ana@culturaem1.com.br