O Índice Nacional de Confiança (INC), elaborado para a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) pela PiniOn, alcançou, em julho, a 100 pontos, aumentando 2,0% em relação a junho, porém diminuindo 2,0%, na comparação com o mesmo mês do ano passado.
O nível alcançado pelo INC sai do campo pessimista (abaixo de 100 pontos), pela primeira vez desde fevereiro deste ano. A sondagem foi realizada com uma amostra de 1.679 famílias, a nível nacional, residentes em capitais e cidades do interior.
Em termos regionais e no recorte por classes socioeconômicas, os resultados, mais uma vez, foram mistos. Houve diminuição da confiança nas regiões Centro-Oeste e Sul, enquanto, no Nordeste, Norte e Sudeste, o índice mostrou elevação. Em termos de classes socioeconômicas, houve diminuição do INC na classe C, estabilidade na AB e aumento na DE.
A percepção das famílias melhorou amplamente, tanto em relação à sua situação financeira presente quanto em termos das perspectivas futuras, refletindo um aumento na segurança no emprego.
Essa melhoria resultou em um aumento na disposição para adquirir itens de maior valor, como carro e casa, e bens duráveis, como geladeira e fogão, além de incentivar maior propensão ao investimento por parte das famílias.
Segundo o economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, o INC de julho revelou uma melhora relativa na confiança, marcando uma saída do campo pessimista pela primeira vez desde fevereiro. Ele aponta que “os aumentos da renda e do emprego, juntamente com menores elevações nos preços de produtos básicos, parecem ser os fundamentos por trás da melhoria na percepção das famílias sobre sua situação financeira atual e futura”, completa Ruiz de Gamboa.
A tragédia que assolou a Região Sul certamente contribuiu para a redução da confiança dos entrevistados, influenciando negativamente o resultado geral. No entanto, o índice geral apresentou melhora, pois o aumento do INC nas demais regiões mais do que compensou as quedas observadas no Sul e no Centro-Oeste.
ACSP: Confiança do Consumidor abandona campo pessimista após seis meses
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