Após 12 anos de espera, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) publicou nesta segunda-feira edital de concurso público para cargos de Nível Superior (bacharelado) com salário inicial de R$ 20.900 e jornada de trabalho de 35 horas semanais. Serão, ao todo, 150 vagas imediatas mais 750 para a formação de cadastro de reserva (CR).
As inscrições abrem nesta sexta-feira, 26/07, e vão até 19/08. As provas objetiva e discursiva estão previstas para o dia 13/10 em todas as capitais brasileiras. Para participar, os interessados devem se inscrever no site da Fundação Cesgranrio, a banca organizadora, e pagar taxa de R$ 110. Têm direito à isenção membros de famílias de baixa renda, inscritos no CadÚnico e doadores de medula, que devem entrar com o pedido de 26/07 a 02/08.
Das oportunidades abertas pelo edital, o maior número foi destinado para a área de Tecnologia da Informação: somados, Análise de Sistemas (Cibersegurança, Desenvolvimento e Suporte) e Ciência de Dados contabilizam 40 vagas imediatas, além de 200 para o CR. Logo atrás aparecem Economia e Engenharia. Cada uma oferece 25 postos para posse logo após a aprovação e outros 125 para chamado ao longo do tempo de validade do concurso, que é de dois anos prorrogáveis por outros dois.
O certame ainda traz a chance do “emprego vitalício” nas áreas de Administração, Arquitetura e Urbanismo, Arquivologia Digital, Ciências Contábeis, Comunicação Social, Direito e Psicologia Organizacional. As vagas são destinadas ao escritório do BNDES no Rio de Janeiro, mas isso pode variar de acordo com as necessidades e interesses do banco.
Tão logo foi divulgado o edital, o professor do Gran Concursos Eduardo Cambuy analisou o documento. Para o especialista, a divisão das ofertas observada é resultado de um delay histórico.
– Quando a gente pensa em concurso do BNDES, é comum dar mais ênfase em outras áreas do que em TI. Deste modo, podemos pensar que houve um efeito compensatório. Ao longo dos anos, os outros editais sempre deram um prestígio muito maior às outras formações, o que pode explicar o aumento da demanda e essa inversão das prioridades – explica ele.
Cambuy ainda chama atenção sobre a composição das notas. Na prova objetiva, serão 35 questões de conhecimentos básicos (20 de conhecimentos transversais, 10 de Língua Portuguesa e cinco de Língua Inglesa) e 35 de conhecimentos específicos, totalizando 70 pontos. Já a parte discursiva será composta por cinco questões (quatro de conhecimentos básicos e um de conhecimentos transversais), valendo 50 pontos. Serão eliminados os candidatos com aproveitamento inferior a 60% da prova discursiva.
– Além dos conhecimentos específicos, notamos os transversais com um peso importante. Eles terão 30 pontos dos 120 possíveis. Faz sentido, já que a tônica do governo tem sido cobrar muito Políticas Públicas, tema presente também em outras provas, como o próprio CNU. O conteúdo ainda inclui o papel do BNDES no Desenvolvimento Brasileiro, Princípios de Análise de Dados e Informações e Diversidade e Inclusão, além de Clima, Sustentabilidade e Responsabilidade Socioambiental e Climática. Se sairá bem quem tiver uma preparação completa – resume o professor.
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THALITA CARVALHO PESSOA
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