No último mês, o presidente do Conselho Consultivo do Grupo Farmácia Artesanal, Evandro Tokarski, participou do painel ‘Liderança Inclusiva para um Futuro Sustentável’ durante o Congresso Nacional de Diversidade, Equidade e Inclusão, promovido pela Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH Brasil).
O painel foi mediado pelo diretor de Equidade Racial e Relações Institucionais do Grupo Carrefour, Claudionor Alves, e contou com a presença do coordenador de Inclusão e Diversidade do Hospital Sírio Libanês, Joseph Kuga, e da diretora de Gestão da ABRH Brasil, Sandra Gioffi.
O painel foi aberto com uma pergunta para Joseph Kuga sobre o papel do setor empresarial na agenda da diversidade e da liderança inclusiva. O coordenador falou sobre a importância das empresas estarem engajadas na questão da diversidade e inclusão, visto que vivemos em um país com uma profunda lacuna de desigualdade, uma vez que nossos direitos fundamentais são avançados quando pensamos que nossa Constituição é de 1988, porém, as pessoas não têm acesso a todos esses direitos, como educação e saúde de qualidade. “Quando a empresa entende o impacto dela em seu entorno e na sociedade, entende sua responsabilidade e contrata e capacita as pessoas de grupos vulnerabilizados, ela inicia um processo de redução de desigualdade, o que é bom para a sustentabilidade financeira dela”, afirmou. “Falar de inclusão é falar de sustentabilidade financeira do negócio”, concluiu.
Na sequência, Sandra Gioffi falou sobre como a área de Recursos Humanos (RH) pode contribuir para que as empresas cumpram a meta de inclusão, sobretudo na liderança. Sandra explicou que o tema é “simples e complexo”. Ela destacou que percebe que as organizações, de modo geral, dizem que querem diversidade e inclusão mas, no fundo, isso não acontece, quase sempre por falta de preparo. “Nós da área de RH devemos mexer onde podemos mexer: os processos devem ‘respirar’ inclusão”, afirmou. “Os sistemas devem ser inclusivos, as políticas de RH devem ser inclusivas, assim como devemos acolher o líder que não sabe como lidar com a inclusão e, principalmente, ajudá-lo a entender que a cultura quem faz é ele”, completou.
Em seguida, Evandro Tokarski compartilhou a importância da pauta ESG e sua perspectiva sobre diversidade e ascensão de pessoas com deficiência. Evandro fez uma breve apresentação de sua trajetória como farmacêutico e empreendedor, em paralelo a uma vida de desafios devido às sequelas da paralisia infantil. Evandro contou que não teve a oportunidade de se vacinar contra a paralisia infantil na sua infância e alertou: “embora seja acessível nos dias atuais, muitos pais ainda não vacinam seus filhos”.
O presidente do Conselho Consultivo do Grupo Farmácia Artesanal continuou falando sobre sua vida estudantil com muletas, sua formação em Farmácia e experiências importantes para sua saúde e bem-estar, como a prática esportiva. Evandro representou o país nas paraolimpíadas de 1988 na equipe de basquete para cadeirantes. “O esporte auxilia as pessoas a se sentirem capazes e buscarem conquistas diárias”, disse.
Evandro então destacou o apoio da família na superação e apresentou o Grupo Artesanal destacando que sua vivência contribuiu para a criação de uma empresa reconhecidamente diversa nos 12 estados que atua, com 1400 colaboradores. “Hoje, 61% dos colaboradores são mulheres e o grupo valoriza todos os perfis, contando com 6,2% PcDs e 18% de colaboradores LGBTQIAP+”, destacou.
Sobre a visão do ESG, Evandro enfatizou a importância de transformação, sobretudo, na governança, com o desenvolvimento de lideranças. “Se as pessoas que estão na liderança não se envolverem na questão do ESG, isso não será possível. Precisamos avançar, mas os benefícios serão gerados e serão bem maiores com mudanças na governança”, acrescenta.
Evandro complementou que a liderança com inclusão e diversidade vai além; exige ações e estratégias bem formatadas e, acima de tudo, um compromisso contínuo na criação de um ambiente de trabalho onde todos possam trabalhar. “Líderes que priorizam a diversidade e inclusão não apenas promovem justiça e equidade, mas fortalecem suas organizações ao aproveitar a riqueza da perspectiva dessas experiências diversas”, afirmou. “Temos muito por fazer. Apresento meus números a outros empresários e sempre reforço: é preciso dar o primeiro passo. Empresas diversas têm mais capacidade criativa”, finalizou.
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JOÃO MARCELO SOARES DE ALBUQUERQUE
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